Comissão analisa situação de escolas e reduz gastos na folha de pagamento

por assecom — publicado 26/08/2013 18h49, última modificação 17/12/2014 20h00
Mesmo com o fim da paralisação dos professores da rede municipal, trabalhos de comissão continuaram. Medidas para reduzir gastos e enxugar máquina administrativa da educação já foram tomadas.

O fim da greve dos professores da rede municipal, que durou mais de 35 dias, entre os meses de abril e junho, não significou o fim dos trabalhos da Comissão de Educação da Câmara de Sinop. Todas as terças-feiras os vereadores Júlio Dias (PT) e Carlos Hailton Ribeiro Leite, Carlão Coca Cola (PSD), se reúnem com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Mato Grosso (Sintep) de Sinop, Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura para discutir a pauta de reivindicações da categoria.  

Segundo o vereador Júlio Dias, presidente da comissão, os trabalhos agora se concentram em fazer um raio x das 11 escolas municipais e 13 creches. A meta é levantar o número de professores em atividade, afastado ou em desvio de função, bem como servidores de outras pastas que estão lotados na educação, número de alunos e a viabilidade de cada escola.

“Estamos verificando se todas as escolas realmente são viáveis, pois há casos onde existem escolas muito próximas uma da outra e uma delas poderia ser anexada a outra, onde os alunos seriam transportados, pois o município disponibiliza de transporte”, explicou o presidente.  “Isso seria uma forma de enxugar a educação”, pontuou referindo-se a redução de gastos. 

Conforme Dias, outra medida tomada pela comissão que avalia as propostas, foi retirar da folha de pagamento, servidores de outras pastas como psicólogos e fonodiólogos, por exemplo, e que estavam lotados na Educação. Ação que resultou em uma redução de pouco mais de R$ 43 mil, por mês, na folha de pagamento da pasta.  

Medidas que segundo o presidente da comissão, servirão para reduzir gastos na Educação e buscar atender a uma das reivindicações dos profissionais que é estender o reajuste salarial de 1,78% também ao pessoal de apoio (técnicos, merendeiras e vigias). Em Junho, a classe recebeu reposição de 6,20% repassada a todos os servidores municipais, já os professores tiveram, além dos 6,20%, mais 1,78%, totalizando 7,98% de reposição salarial. 

“Precisamos ter uma estrutura mais enxuta, porém suficiente para garantir a qualidade da educação para que possamos também valorizar esses profissionais do apoio desde que não comprometa a administração como um todo, pois sabemos que tudo sai de um único caixa”, enfatizou. “A constituição não garante esse direito (de reposição igualitária), pois somente os professores, pessoal do magistério, tem esse direito garantido, a constituição é bem clara quanto a isso, mas no PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) não, ele diz que o pessoal de apoio também tem os mesmos direitos. Então vamos ver o que é possível fazer para valorizar esses profissionais também”, garantiu. 

Ao todo 43 reivindicações foram apresentadas na pauta que se referem a valorização profissional, administrativo, educacional,  entre outros pontos. Conforme Júlio Dias, os trabalhos da comissão só devem terminar quando tudo estiver resolvido em comum acordo.