Comissão se reúne e define metas de trabalho para acompanhar construção de UHE

por assecom — publicado 30/05/2014 18h41, última modificação 17/12/2014 20h00
Vereadores irão visitar municípios onde obras estão adiantadas e coletar informações sobre impactos de construção de usinas.

Foi a primeira reunião de trabalho da comissão especial criada para acompanhar os trabalhos de construção da Usina Hidrelétrica Sinop (UHE-Sinop). Os vereadores Jonas Henrique de Lima, Fernando Assunção e Cláudio Santos se reuniram, na tarde dessa sexta-feira (30), para traçar metas. O secretário Geral da Câmara, Astério Gomes, também participou das discussões. 

Entre as ações definidas estão visitas a outros empreendimentos na região. A comissão quer ver de perto os resultados que a construção das usinas está proporcionando aos municípios afetados, como Colíder e Nova Canaã do Norte.

“Queremos ver a realidade das cidades onde as construções estão avançadas. Ver o impacto que esses empreendimentos está causando nas cidades e conhecer o que está sendo feito para que as situações, os problemas que possam estar ocorrendo, sejam resolvidos e desenvolvidos da melhor maneira possível ”, explicou Fernando Assunção, relator da comissão. “Todas as informações vão nos servir de base, nos darão um norte, para que possíveis problemas que possam vir a ocorrer aqui sejam resolvidos da melhor maneira possível e reduzir os impactos negativos no município de Sinop”, acrescentou Cláudio Santos, membro da comissão. 

Além das visitas nos empreendimentos da região, a comissão também irá se reunir com representantes dos Ministérios Público Federal e Estadual e Executivo para troca de informações. Os parlamentares vão atrás de dados sobre o que essas instituições estão fazendo para garantir que a construção da UHE não traga prejuízos para o município. 

“Nosso maior foco é com o sócio econômico, pois nossa preocupação maior é com os produtores, principalmente os pequenos, que serão afetados diretamente com esse empreendimento e com o município de Sinop, com a população em geral. Embora a usina seja construída na divisa dos municípios de Itaúba e Cláudia, Sinop sofrerá muito com o impacto social e econômico”, disse Jonas, presidente da comissão. 

As empresas envolvidas no processo de implantação da usina também serão procuradas e lá, entre as informações que serão buscadas, estão os valores que serão pagos pelas indenizações de áreas que serão afetadas pelo alagamento da represa da usina. O enchimento do reservatório está previsto para começar em novembro de 2016. 

Em março, equipes das empresas fizeram uma explanação aos vereadores de como serão desenvolvidos todos os trabalhos e, na época, garantiram que os valores das indenizações, baseados em valores de mercado, serão pagos no decorrer das obras e que antes dos proprietários deixarem as áreas tudo estará acertado. 

A barragem será construída entre os municípios de Itaúba e Cláudia, cerca de 70 km de Sinop, mas será o município de Sinop que terá a maior parte das áreas alagadas, que atingirão também Sorriso e Ipiranga do Norte. A usina terá capacidade de gerar 400 MW (megawatts), energia suficiente para ligar, ao mesmo tempo, um milhão de geladeiras e beneficiar mais de 1,5 de pessoas.