Vereadores se reúnem com loteadores para regularização fundiária

por assecom — publicado 29/05/2013 17h57, última modificação 17/12/2014 20h02
Comissão foi criada com objetivo de dar agilidade ao processo de regularização dos loteamentos para que moradores possam ter a escritura de seus lotes. Em Sinop mais de 17 bairros estão em situação irregular.

Os vereadores da Comissão Especial de Regularização Fundiária se reuniram nesta terça-feira (28) com loteadores e com a secretária municipal de Meio Ambiente, Cristina Ferri. Eles buscaram informações para regularizar a situação dos imóveis vendidos até 2001 e que não se enquadram nas exigências das leis municipais editadas a partir daquele ano.

O presidente da Comissão, vereador Carlão Coca-Cola (PSD) explicou que em Sinop existem 17 loteamentos irregulares, nos quais os moradores não têm escritura nem registro no Cartório de Imóveis. Porém esses números ainda podem aumentar, pois, segundo o vereador, há bairros no município em que não registro em nenhum cartório de imóveis e até mesmo na Prefeitura. 

“Será feito um levantamento para saber quantos bairros os são e onde estão localizados para aí tentar regularizar também”, informou Carlão. “É um problema social grave porque os moradores têm apenas um contrato de compra e venda com as imobiliárias. Legalmente os loteamentos não existem e ainda são áreas rurais. Os moradores não conseguem financiamento para construir e reformar. E o pior de tudo, é que a Prefeitura já cobra até IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) nesses lugares”, explicou.

Entre as irregularidades já detectadas pela Comissão estão a total falta de infraestrutura como asfalto, água e iluminação pública e muitos dos loteamentos sequer têm projeto urbanístico.

“São loteamentos antigos, criados antes da exigência da infraestrutura em 2001, que ficavam em áreas rurais. Agora a cidade já chegou a estes lugares e a estrutura que eles precisam ainda não chegou”, destacou Carlão.

Os loteadores estão dispostos a avançar para a regularização e o Ministério Público (MP) apoia a iniciativa. O maior problema, segundo o vereador, é a necessidade de licenças concedidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que não cede.

“A intenção desta Comissão é que os loteadores se adaptem o máximo que conseguirem e que a Sema ceda o máximo que puder, para que possamos resolver esse problema definitivamente”, ponderou.

Um avanço já foi conquistado na reunião de ontem. Ficou esclarecido que os empreendimentos com até 100 lotes podem pedir as licenças para o Município, o que agiliza e barateia os custos.

“O próximo passo agora é nos reunirmos individualmente com cada loteador e prestar a assessoria jurídica necessária, e já disponibilizamos a Assessoria Jurídica da Câmara, para a regularização. Vamos continuar seguindo essa situação e faremos o possível para resolver o problema”, declarou o relator da Comissão, Júlio dias (PT), que ainda conta com o apoio dos vereadores membros Claudio Santos (DEM), Jonas de Lima (PMDB) e Fernando Brandão (PSB).

Além do Ministério Público, a AENOR (Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Norte de Mato Grosso), também está envolvida nos trabalhos. 

Veja a lista dos lotes que precisam de legalização

Residencial Nossa Senhora de Fátima – Sema

Residencial Betel – Sema

Residencial Flamboyants – Sema

Residencial Campo Verde – Sema

Bom Jardim – Sema

Camping Clube – Sema

Chácara de Lazer São Cristóvão I e II – Município

Residencial Shalom – Município

Jardim Planalto – Município

Chácara de Lazer Monaliza – Município

Residencial Adalgiza – Município

Chácara de Lazer Maria Carolina I e II - Município